24 julho 2008

Rubem Alves

Gostaria de compartilhar com todos aqui as palavras de uma pessoa que me foi apresentada ja em uma época de descompromissos acadêmicos, onde eu realmente pude escolher o que me agradava e deixar de lado o que tinha que ler por obrigação.
Não tiro o mérito de todos aqueles que pesquisaram e passaram horas dos seus dias, dias de suas semanas, semanas de seus meses, meses de seus anos e anos de suas vidas para escrever sobre coisas que me parecem tão obvias que ao final da leitura eu sempre tinha a sensação de ter perdido horas de meu dia!
Gosto mesmo é de perceber o que esta escondido no nosso cotidiano, gosto de ler e ao virar a pagina saber que ja nao sou mais a mesma pessoa da pagina anterior porque vivi e descobri novas coisas em velhos habitos, tão obvias que poderia passar anos de minha vida pensando "como eu nao tinha pensado nisso antes?"...
Para os que se deliciam com a vida, quero lhes apresentar Rubem Alves! O prazer é todo nosso...


Prosear é um jeito de falar. Fala sem objetivo definido, como o vôo dos urubus - indo ao sabor do vento. Palavras fluindo. Um jeito taoísta de ser. Para prosa não existe 'ordem do dia', não há conclusões, não há decisões. A prosa não quer chegar a nenhum lugar. A prosa encontra sua felicidade em prosear. Como andar de barco a vela em que o bom não é chegar mas o 'estar indo'. 'A coisa não está nem na partida nem na chegada, mas na travessia', Guimarães Rosa. Prosear é brincar com as palavras. Escrevi uma crônica com o título Tênis x Frescobol, sobre dois tipos de fala. Fala do tipo Tênis tem um objetivo preciso: reduzir o outro ao silêncio por meio de uma cortada. Ter razão. Ganhar o argumento. Convencer. Sempre termina mal. Um ganha, fica feliz e se sentindo superior. O outro perde, fica com raiva e se sentindo inferior. Frescobol é diferente. A felicidade do jogo está em estar acontecendo, em não parar, vai, vem, vai, vem, vai, vem, como numa transa indiana, sem orgasmo, feita de um prazer permanente que não acaba. O orgasmo na transa, como a cortada no tênis, são o fim do brinquedo. Saber prosear, jogar conversa fora, é o segredo das relações amorosas. Nietzsche dizia que quando se vai casar a única pergunta importante a se fazer é 'terei prazer em conversar com essa pessoa quando eu for velho?' Nessa sala estaremos proseando. Falar sobre o que der na telha. Pensamentos avulsos. Dicas. Informações sobre as coisas novas na minha casa. Apareça sempre para prosear!

Texto obtido no site www.rubemalves.com.br vale a pena conferir

11 julho 2008

O que você faz?!



Porque se não for para se divertir, não vale a pena! E é por este motivo que respeito o Louvre!

Uma vez acompanhada por pessoas tão ou mais insanas que eu, nem mesmo o pomposo Louvre escapa... Deixemos de lado a hipocrisia e sejamos no minimo felizes!
O que uma garota como eu sabe sobre Historia da Arte, alias, o que sei eu sobre Arte?
So sei o que gosto e o que não gosto. Não gosto daquelas poses de ladinho, não gosto do obvio! Gosto da vida que alguns pintores colocam nos olhos das pessoas, gosto de rabiscos (sempre nomeados “sem titulo”), gosto de sentir o gelado do mármore e da beleza e leveza dos detalhes trabalhados na rigidez da pedra...

Museu não é lugar pra ir uma vez e nunca mais voltar, é lugar para ser descoberto pouco a pouco, se dar o direito de escolher o que quer viver, quem você quer ser e onde quer visitar!
A ultima vez que estive nesta maquina do tempo foi por culpa do Diego (o da foto!). Desculpem-me os que pensam diferente, mas para mim a melhor coisa de um museu é poder interagir com o passado! Se a estatua não tem cabeça... A gente empresta a nossa e na foto fica tudo resolvido! Porque estatua foi feita para ser imitada! E mais importante que conhecer Historia, mais importante que isto é ter historias para contar... Eu tenho algumas!

04 julho 2008

Amigona!


Ainda me lembro, bem melhor do que como se tivesse sido ontem, o dia em que liguei para ela diretamente da Irlanda. Ja fazia alguns meses que eu estava por la e a saudade não mais escolhia o dia certo da semana pra chegar... Disquei aquele monte de numeros que pareciam não ter fim e la do outro lado da linha e do mundo escuto a voz de uma senhora, que ao atender o telefone costumava dizer "pronto" ao invés de "alô" (isto sempre me chamou a atenção). Respondendo ao "pronto" dela eu disse o meu "alô"! Trocamos algumas noticias e outras muitas palavras de carinho, e como o coração não sabe mentir, aquela voz sempre tão segura de si parecia não resistir. Acabou deixando escapar o choro discreto de quem não quer confessar nem engolir um sentimento. Esta senhora era a minha avo, uma grande amiga minha...


Hoje ela continua cuidando de mim e sou eu quem tenta engolir o choro. Quero apenas agradecer a oportunidade de ter conhecido e vivido com uma pessoa tão especial, que me proporcionou tantos sorrisos e alegrias. Beijos e abraços cancelados pela sua ausência, mas sentimentos vividos e guardados pela eternidade.

02 julho 2008

Um pouquinho da minha nova vida...

O que realmente importa foi tudo o que eu ja aprendi!